quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cabelo, cabeleira...

Adoro bater perna na rua. E adoro mais entrar em lojas de cosméticos. Aqui próximo ao meu bairro tem uma loja chamada Mundo do Cabeleleiro. Que é um mundo mesmo. Produtinhos em conta - Muito bom!!! E também tem vendedoras comissionadas que acham que sabem tudo e empurram mercadoria nos clientes - isso é péssimo!!! Eu queria comprar shampoo e um creme de hidratação. E, sem falsa modéstia, eu entendo dessas coisas. Eu sempre li a respeito, bem antes da época de blogs de beleza. Com o boom dos blogs, melhor ainda - continuei lendo e conheci mais produtos ainda. Já testei muitos e muitos shampoos e sei o que funciona no meu picumã. Não adianta vir me empurrar marca X, não vai rolar - eu sei o que eu quero. Mas, assim como em lojas de sapatos, eu posso passar horas numa perfumaria, vendo rótulos, cheirando produtos... Isso dá às vendedoras a impressão de que não sei o que quero. Pois bem. Ontem vendedora metida a sabe tudo vem me atender:

- Oi, posso te ajudar?

Nããããããããããão. Era isso que queria responder. Mas respondi isso: "Não, obrigada, já sei o que vou levar".

- Mas você conhece os produtos da marca X?

Cara, conheço. Usei e deixou minha juba um horror. Conheço meninas que usam e gostam - eu não gosto. Assim como conheço meninas cujos cabelos ficam lindos com Seda - os meus não ficam. Meus cabelos gostam de Lóreal, Bio extratus e Kerastase (picumã metido o meu).

Respondi que sim, conheço a marca. E não, não gosto. Deixou meus cabelos feios.

A vendedora não gostou. Se sentiu ofendida. Como se eu tivesse falado da filha dela ou coisa assim. E solta a frase:

- Ah, mas se seus cabelos não ficaram bons, é porque você não sabe lavar direito. Você não usou o produto direito, porque a marca X é maravilhosa.

AMIGAAAA, eu sei lavar os cabelos, sempre soube. Meus cabelos nunca estiveram tão ótimos - graças à lavagem e o tipo certo de shampoo.

Olho bem pros cabelos destratados da vendedora. Gatam, não vem me falar de produto maravilhoso se seu cabelo tá uó do borogodó. Respondo, tranquilamente:

- Sim, mas alguns produtos são bons pra algumas pessoas e ruins pra outras. Pra mim, não funcionou, que bom que funcionou pra você, seu cabelo tá lindo! #NOT

Peguei meu shampoo Bio extratus e rumei ao caixa.

Foi aí que a vendedora VIROU A CARA PRA MIM. E as outras vendedoras apoiaram.

Véia vira a cara pra cliente, vendedoras apóiam.

Aí está um ótimo exemplo de funcionário bem treinado e pronto pra atender diretamente o cliente.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sobre o desprendimento

Chico Buarque fala na música "pedaço de mim", que a saudade é arrumar o quarto do filho que já se foi. Sempre achei isso a representação daquela saudade que faz doer, aquela saudade que não é nada saudável e que é a certeza de que você não é mais inteira. Imagine o que é perder alguém muito amado e tentar manter essa pessoa viva mantendo o quarto como santuário, referência, símbolo do apego e da falta de forças de seguir em frente.

É triste. Dói.

Muitas vezes é isso que fazemos com algumas situações em nossas vidas. A gente se apega àquilo. E não deixa ir embora. Os motivos para isso podem ser vários e nem é minha intenção falar sobre eles. Muito menos julgar se esse apego é bom ou ruim. Eu acho que é natural, por um tempo. Mas só por um tempo. Depois você tem que tirar tudo do quarto, arejar, pintar, transformar aquele espaço em algo novo. Porque depois de um tempo, esse apego a algo que já acabou se torna um empecilho. Você segue na vida mas não completamente. Porque o quarto está lá, arrumadinho. Vai que um dia você chega em casa e UPA! surpresa, a pessoa voltou do mundo dos mortos. É tão difícil enxergar com todo o seu coração e a sua mente que isso é impossível...

Dói.

Triste aceitar isso, mas é a realidade. Mas ele vai. E não é por causa dessa constatação fria que a gente deixa de viver e querer. Não é porque eles se vão que a gente deixa de pensar. Diferente, talvez. Mas aí entra, mais uma vez, a história do quarto lá, arrumadinho. Não há quem chegue se você ainda se mantém com um olho no futuro e um pé no passado. Mesmo que esse pé no passado esteja bem escondidinho e amuquiado embaixo da mesa, pra ninguém ver.

Sim, é preciso enterrar.

E há que se seguir em frente. Sem quartos.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Tá F#@*¨Brasew

Já estamos em fevereiro e minha vida anda absurdamente descontrolada. Marido fez uma cirurgia e eu fiquei o mês literalmente de babá (na saúde e na doença). Daí as aulas começaram e começei as minhas aulas práticas de direção (uhuuu!!!)> daí que meu dia tem sido assim: acordo, café da manhã pra marido, trabalho, almoço pra mim e marido, aula de direção, supermercado (marido não tá dirigindo), planejamentos da escola, e tenho que cuidar do meu negócio, e ainda tenho que ir no médico com marido, fazer curativo... E então o dia acabou.

É difícil ser gente grande.

E depois desse longo desabafo (e outros virão, certamente, tenham paciência comigo), Vou indo prometendo voltar logo logo!!!

Bjus, não me esqueçam!!!

Ps. Leio todos os blogs amigos, mas o tempo não me deixa comentar.